domingo, 28 de abril de 2019

Fichamento #2: Judicialização da Vida e o Papel do STF

FICHAMENTO DA OBRA:

BARROSO, Luís Roberto. A Judicialização da Vida e o papel do Supremo Tribunal Federal, Belo Horizonte, Fórum, 2018.

Destaque importante: urge salientar que o objetivo desta publicação busca reunir a opinião do autor e debruçar sobre sua obra. O intuito é sintetizá-la.

Aponta-se: a fronteira tênue entre direito e política, uma grande tensão entre os poderes, a corrupção sistêmica.


Como uma decisão judicial deve observar o clamor público versus justiça?

R: A participação e engajamento popular influenciam e legitimam as decisões proferidas pelos tribunais, portanto, respondido o quesito acima.


O Brasil fez a transição do regime militar ao neoconstitucionalismo, como isso repercute?

Mais conflitos sem capacidade da lei regular, ocorre a discricionariedade. Como isso ocorre?

Como se da o aspecto contramajoritário na invalidação de outro poder?
O que se refere ao chamado Iluminismo nos avanços?



Representativo do povo? Como? E de que maneira?



Finda as questões preliminares do livro, daremos inicio à resposta de cada uma delas no decorrer deste fichamento. Avante!

Nem tudo poderia ser descrito na norma, o juiz tem seu papel criativo. Qual o limite da criatividade? Deve haver a dosagem entre ousadia versus prudência.

A Constituição Federal está em nosso ordenamento justamente para que antes mesmo de ler algum artigo infraconstitucional, devemos colocar as lentes da lei maior, e assim, ler e interpretá-lo conforme o filtro da lente faz as passagens dos artigos codificados.

Críticas do autor: dar a legitimidade para autuar significa ter a prudência na valoração dos institutos, tendo em vista que, o mero uso de ferramentas inadequadas poderá acarretar numa causa ilegítima.

Ainda neste tópico, o autor pontualmente diz: “o Supremo Tribunal Federal não é o Oráculo de Delfos”, e portanto, não será aquele que terá a palavra final definitiva absoluta (ora, se a lei é inconstitucional, basta uma nova elaboração dos pontos controvertidos e certamente, esta lei voltará a vigorar e viger)

E por último, um Juiz Constitucional (assim como o Ministro do STF), não é a chave de tudo! E isto será posteriormente reiterado, sendo mister esclarecer a “judicialização da vida” que intitula a presente obra.

Não obstante, o grande número de processos (excedendo, e muito, os limites para apreciação em tempo razoável), foi dado ao Relator do caso poderes, e dai se faz menção à possibilidade de negar prosseguimento em razão de repercussão geral por exemplo.

Um pouco adiante, o autor menciona: não há legitimidade democrática quando analisado o sistema de deputados.

Um Estado Democrático de Direito é ter um ponto de equilíbrio entre: governo, democracia e direito fundamental. A maioria pode muito... mas não pode tudo! O viver é atravessar a corda, ora ali e ali, mas sempre para frente, sem perder o senso e cair de vez.

Tal referência da vida pode ser também interpretada em âmbito Nacional (como nós vamos adiante com garantias constitucionais, e voltamos atrás com reformas destes direitos).

Judicialização quantitativa é revelar que, o sistema judiciário possuía na data da publicação do livro, em torno de 1 processo por pessoa adulta em trâmite; podemos rapidamente refletir: se eu não tenho processo, alguém tem mais que 1 em andamento, e chegamos na conclusão: a exploração de ações pode onerar o sistema demasiadamente!! Mas isso pode ser bom... indica que a sociedade tem ciência do seu direito, em contrapartida que nada se resolve amigavelmente ou há reiterado descumprimento de medidas impostas.

Judicialização qualitativa é o voto final ser da justiça, isso mesmo, e não estou em contradição quando mencionei acima que o Judiciário não é palavra final absoluta. Ora, basta refletir: recorrer ao Judiciário é ter a força de “coisa julgada” que poderá ser usada para outro fim (Execução extrajudicial p.ex.). Indica que tudo se resolve lá, porém deveria ser resolvido na esfera Legislativa ou Executiva de fato! É lá que advém a voz do povo... que se presume na validade e legitimidade da criação da lei... o que pode não ocorrer, mas isso ficará discutido posteriormente.

Barroso menciona no fato de o Judiciário ter o dever de ficar contido, e não tomar partido das decisões que possam influir em outros ramos do direito que não a interpretação para o uso nos dias atuais dos dispositivos legais, deveria mesmo é fiscalizar o devido processo legal e não tantas inconstitucionalidades e ambiguidades.

Entretanto, no momento que o Judiciário começa a tomar frente de questões não disciplinadas, por exemplo: união homoafetiva, sem amparo legal, então não haveria outra forma de julgar o caso? 

Felizmente, ao entrar no SISTEMA Judiciário, você só sai do SISTEMA com uma decisão em mãos, então, o que fez com que o artigo fosse reinterpretado no atual contexto social? Veja se não é a própria forma de o STF ser o Iluminista e virar um ativista no que tange aos direitos fundamentais e democracia!

2 decisões: cláusula de barreira e monopólio postal
2 discussões: orçamento público e seu destino, descrédito da política e ida para MP e Magistratura.


12 decisões históricas do STF:

1. proibição do nepotismo nos 3 poderes

2. constitucionalidade de utilizar célula-tronco

3. incompatibilidade entre Lei de imprensa no regime militar e CF/88

4. equiparação união homoafetiva com heteroafetiva

5. legitimidade cota faculdade e concurso

6. julgamento ação penal do mensalão

7. inexigibilidade autorização para divulgar biografia

8. proibição financiamento eleitoral por empresa privada

9. impeachment Dilma Rousseff

10. afastamento parlamentar

11. possibilidade de execução penal após condenação em 2º instância

12. inconstitucionalidade crime interrupção gestação até 1º trimestre


Combate à corrupção. A mudança de um país exige: educação de qualidade, distribuição adequada de riquezas, debate público e democrático.

O sistema punitivo não é a solução! O temo público da punição inibe comportamentos. 

O autor Cesare Beccaria diz “a certeza, e não a dureza, que faz alguém respeitar leis”!

O dever de haver um maior enfrentamento à corrupção pela Lava Jato, “não somos atrasados por acaso, somos atrasados porque o atraso é bem defendido” disse Barroso.

Outro dever de enxergar os altos custo eleitorais e número de disputantes (é pressionar o Congresso Nacional para uma reforma política). 

É produzir uma transformação cultural para valorar o bom e não o esperto!

Olhando a Democracia, a política tem fator fundamental. O que acontece se houver criminalização nela? Somos resistentes à mudança.

Aquele que é condenado se vê injustiçado, alega ter sido “sempre assim que as coisas funcionavam”, e por isso ele não muda? Hoje, nosso Direito Penal parece não alcançar as pessoas que deveriam ser alcançadas para prestar a efetiva reparação e reabilitação.

Não venha com o “corrupção é ruim quando é dos outros, os chamados adversários”!

Página 42, continuando!

O Direito e Política conversam, é complexo, e podem as coisas não ficarem com a objetividade e razão, nem mesmo ao subjetivismo e discricionariedade Política.

Podemos resumir no “o que se quer é igual o que se pode c/c o que se deve fazer”.

Antes do Estado Democrático de Direito, vigorava a centralidade da lei e supremacia do parlamento, dando a Constituição equivalência as demais normas.

Com o surgimento, agora o direito possui normatividade jurídica!

A jurisdição constitucional aplica e interpreta a Constituição, e neste caso, é o STF quem interpreta.

Entretanto, o Judiciário deve ser forte e ter independência, para que possa verificar a lei sem temer sua própria existência.

Questões valendo um ponto: Por que os Políticos, hoje, não legislam sobre pontos polêmicos?

Veja como o Judiciário realmente fica saturado com ações de particulares que querem dar entendimento diverso daquele estipulado na lei, porém, que tenha tudo a ver com a atualidade.

Estamos diante de uma crise de representatividade há muito tempo! Ou você ousaria dizer que escuta: “político é ladrão” vagamente? 

O Brasil possui um grande número de ações que resguardam a validade de norma jurídica, isto nas palavras do autor, e com tanta intervenção, as decisões devem estar pautadas com prudência e moderação.

Outra questão: Qual poder está, efetivamente, mais habilitado para decidir a matéria?

Veja, o Juiz de Direito é preparado para realizar justiça ao caso concreto, ou seja, micro justiça. Não há possibilidade de avaliação prévia dos efeitos econômicos e públicos que dele possam ocorrer.

Quais pontos referentes à decisão de matéria no Judiciário Barroso faz menção: a linguagem utilizada é técnica e elitizada, e a questão é retirada do debate público (pois levar paixões num lugar de razões é impedir o juízo de decisão do magistrado, que usará da argumentação jurídica, infelizmente, sem o embate político com opiniões contrapostas e concorrentes).

Carx Leitor, não há um indivíduo expert em todas as áreas do conhecimento, o juiz deve ter ciência do desconhecimento da repercussão da decisão em casos extrajudiciais (chamado efeito sistêmico).

Deve sim, o juiz, velar pela Constituição, ainda que este não seja seu papel principal. A atuação jurisdicional não deve tirar a voz das ruas. O poder emana do povo, e não, dos juízes!

PARTE II (página 55).

Qual a diferença entre direito e política?

Direito é primado da lei c/c respeito ao direito fundamental (domínio da razão).

Política é soberania popular c/c majoritário (domínio da vontade).

O Direito não se separa daquilo que o criou (a própria Política), porém, na aplicação é desejável que se abstenha!

A Constituição Federal é o principal elemento da política versus direito. Ela quem modula e canaliza a energia política . O juiz difere dos entres políticos/ legisladores, eis que não foi elegido para assumir o cargo. É uma atividade estritamente profissional, pois aplica abstratamente a lei no caso concreto.

O juiz atua para declarar o resultado já previsto por aqueles que demandam na justiça!

O Judiciário é vinculado à lei, o seu poder emana da Constituição Federal, mas é nada mais que aplicar a lei que foi feita pelos representantes do povo (os eleitos) que a disciplinaram.

Digamos: atuar com independência c/c imparcialidade para fazer o governo das leis (e não dos homens).

Veja o CNJ como fiscalizador, o próprio Direito possui suas demarcações, assim como valores e categorias e procedimentos próprios.

O juiz não inventa direito, seus limites são os valores compartilhados pela comunidade a cada tempo, logo, estamos tratando da vontade majoritária e os valores aceitos moralmente.

Ressalta-se a linha divisória entre direito versus política (mencionada no inicio deste fichamento) que é transparente e móvel. Ainda que o Judiciário fosse o mero revelador do conteúdo, há na doutrina quem diga haver esta interpretação como quem dá a palavra final (note a tamanha responsabilidade!).

O direito é ciência? Na opinião de Barroso, se se referir ao conjunto de conhecimentos com lógica interna, princípios e conceitos próprios SIM, mas se for como uma ciência que se refere às coisas como se elas já estivessem ali... NÃO!

Sendo o Direito o criador de normas que se resumem em moldar a vida do seu jeito, pensa então no futuro com caráter prospectivo.

A Legislação é ato da vontade humana, da maioria do interesse público em determinado espaço geográfico e temporal.

PARTE III (página 63).

Há diversos textos legais que não são objetivos e claros, sendo abertos e abstratos, e neste caso, ainda que o juiz não possa se valer de valores próprios, nada o impede que erre. Basta que demonstre de forma argumentada e dotada de razão os fatos da decisão proferida.

Sempre com a observância, no caso de choque de normas constitucionais, da ponderação c/c proporcionalidade, indicando então que “x” decisão é adequada ao caso concreto.

A solução dos hard cases não estão na prateleira jurídica (na verdade, nem existe), como a decisão reflete os fatores extrajudiciais (por exemplo: valor pessoal/ ideologia, convicção política e institucional do magistrado), a Corte tem seu poder delimitado e procura observá-lo também.

Devendo, nesta esteira, expandir quando outro Poder está em retração (como ocorre hoje no âmbito Legislativo e o avanço do Judiciário para resolução das questões, dando então caráter ativista pela falta de representatividade).

Página 77! Desenvolvemos razoavelmente! Avante...

O Procurador-Geral da República tem o maior acolhimento de suas ADIn’s e dos Pareceres emitidos quando não é parte. Isto indica que, ele detêm conhecimento ou transmite eficazmente a palavra da chamada maioria. Veja ainda que, o Judiciário sempre se vale de outros poderes para fazer cumprir suas decisões (ele não está com todas as chaves do cofre).

O STF faz deliberações públicas (e o autor diz sermos diferentes dos outros países), transmitindo ao vivo. Não sendo uma mera soma de vontades individuais, e aqueles que se calam quando tem sua opinião refutada e não detêm estruturas firmes para consolidar?

A legitimidade democrática do Judiciário, quando se fala da Constituição, deve corresponder ao sentimento social (veja que não é aquilo que poderíamos pensar: o juiz não deve observar o que a população diz). A autoridade necessita da confiança dos cidadãos, onde uma decisão contrária ao sentimento social equivale ao não cumprimento c/c objeção que serão feitas pela própria sociedade.

Nos desencontros, deve o judiciário buscar a opinião pública e alinhar-se ao sentimento social.

Até aqui, entendido em observar a opinião pública, mas nada fora dito de ser escravo dela. Os juízes e tribunais não devem hesitar em desempenhar um papel contramajorítário!

Logo, opinião e sentimentos públicos influenciam na legitimação das decisões judiciais, porém cabe exceção!

Outra afirmação do autor: não há prevalência de um modelo totalmente legalista (puramente a lei), ideológico (ênfase na política) ou estratégico (conservador de poder próprio). O que deve haver é uma combinação destes modelos.


Conclusão: 3 ideias básicas.

1. A ascensão do Poder Judiciário se dá por causa da judicialização de questões morais, sociais e políticas c/c ativismo judicial (em alguns casos). Deve-se velar para que o Judiciário não se torne instância hegemônica (sem debate público nas questões, exorbitando capacidades e atuação democrática).

Sempre abstendo-se de valoração pessoal na decisão proferida. O poder emana do povo, e não, dos juízes!

2. O Judiciário detêm sua próprias regras e administração para que exerça suas funções sem temer sanções políticas. 

Deve aplicar a Constituição e leis de acordo com o Legislador e Constituinte (eles é quem ouviram o povo, e aquela lei é a própria vontade da maioria).

Porém os hard casses são resolvidos com argumentação, o que faz os juízes e tribunais usarem da criatividade (limitada por sinal). Muito embora deva ser imparcial, a ideologia e experiência do intérprete podem variar de forma inconsciente, o que interfere na decisão.

3. A criatividade que é limitada, também sofre a interação com outros atores políticos e institucionais, cumprimento das decisões, circunstâncias internas e opinião pública.

Logo, o direito pode e deve ter autonomia quando os atores entram em cena, porém a autonomia deve ser relativizada, haja vista o constitucionalismo democrático que tem em seu eixo: direito e política, com o dever de observar o outro lado também.


FIM DO CAPÍTULO I
INÍCIO DO CAPÍTULO II


A linha do pensamento de Barroso está explicitamente feita no diálogo que o texto apresenta: O Legislativo tem a preferencia em atuar, mas se assim não o fizer, o Judiciário poderá fazê-lo por meio da transferência da atribuição

Ainda que saibamos que o governo é feito pela maioria e igualdade de dignidade, cabe ao Supremo Tribunal Federal assegurar este cumprimento. E ainda que não bastasse: o fenômeno do Judiciário ser, a instância mais requisitada nos últimos anos, há uma incompreensão, haja vista que o Legislativo é eleito pela maioria e neste caso, deveria representa-la sem problemas, não é? Ele é componente vital para a democracia. 
A democracia contemporânea exige: votos, direito e razões. 

Na época do golpe militar, o ordenamento jurídico era incapaz de solucionar os problemas da época, e neste caso, a própria constituição. No outro extremo havia uma teoria crítica do direito que fazia menção aos cometimentos da época. A redemocratização e reconstitucionalização do país impulsionaram uma volta no direito. 

Barroso diz que nas vésperas da formação do poder constituinte, havia falta de seriedade em relação a lei fundamental, indiferença entre texto e realidade, o ser e dever-ser na norma. Nela não se buscava o caminho, mas o desvio. Não a verdade, mas o disfarce. 

PARTE I (página 134)

Com o fim da segunda guerra mundial, houve uma mudança crucial nas leis. Esse novo modelo tem sido identificado como constitucionalismo do pós-guerra, novo direito constitucional ou neoconstitucionalismo

Não apenas descreve o direito atual, como também assim o deseja aplicado. Sendo instrumento de avanço social. Valores, fins públicos e os comportamentos vislumbrados nos princípios e regras da Constituição passam a condicionar a validade e o sentido das normas do direito infraconstitucionais. 

Fica a Constituição como lente para os outros ramos do direito, pelo qual, olhamos e interpretamos as leis infraconstitucionais sempre com as lentes da Constituição. 

A judicialização se da pela crescente demanda no judiciário, este que, deixou de ser mero agente especializado do governo e passou a atuar mais vigorosamente. Isto tudo pelo fato da Constituição ser abrangente e cuidar de uma ampla variedade de temas, dos quais, não devemos deixar de observar ao analisa-los e interpretá-los com lentes da Constituição! 

PARTE II (página 146)

O Constitucionalismo expressa os limites do direito e respeito aos direitos fundamentais. A Democracia é a ideia de soberania popular (governo da maioria)
Para fazer a analise entre estes institutos, se faz necessário uma corte suprema, e nós temos o STF! 

Barroso diz que superamos o formalismo jurídico (o Direito é conjunto de interesses dominantes num determinado lapso temporal + a solução não se encontrará pre-ponta na prateleira e deverá ser interpretada caso a caso), havendo o advento de uma cultura pós-positivista (já que a solução não esta pronta, o direito se aproxima da filosofia moral [justiça e valores], da filosofia política [legitimidade democrática e fins públicos que promovam o bem comum]) e a ascensão do poder público e centralidade da Constituição (a teoria jurídica se baseava nos códigos: francês > napoleão > alemão, então vê-se o aumento de normas públicas que vão desde o direito de família mas também o direito do trabalhador p.ex).

Sociedade contemporânea e a complexidade. Um mundo com dificuldade de partilhar valores unificadores. A moderna interpretação jurídica, a norma já não corresponde apenas ao enunciado abstrato do texto, mas é produto da interpretação do texto e realidade. Tudo em torno dos chamados hard cases. Trata-se de um trabalho de construção de sentido, e não de invenção de um Direito novo. 

As diversas soluções possíveis vão disputar a escolha pelo intérprete, e como a solução não esta pré-pronta, a decisão judicial não se sustenta somente no texto legal, passando para a argumentação jurídica (sua capacidade de demonstrar racionalidade, justiça e adequação constitucional para a decisão de construiu). 

PARTE III (página 153)

O papel proativo do juiz hoje se refere em princípios abstratos e conceitos jurídicos indeterminados (com a realização de ponderações). 

O juiz não faz escolhas livres (mas possui o livre convencimento), não detém discricionariedade (pois as decisões não são estritamente políticas). 

Kelsen mencionada a mencionada discricionariedade quando se vale de uma norma em detrimento de outra, porém Barroso defende que as escolhas livres tem lastro constitucional, e o juiz não pode abster-se de observá-lo. 

Dworkin e outros autores mencionam que existiria uma única solução, até mesmo nos hard cases, isto porque existiria uma única verdade ao alcance do intérprete. Barroso então questiona: Como encontrar a verdade real diante de um fato controverso? 

Estamos na página 155, vamos dar continuidade!

Papel contramajoritário do STF se dá com no mínimo 6 Ministros que, não sendo eleitos pelo povo, dão palavra final na interpretação da Constituição Federal, esta, elaborada por representantes do povo e devidamente eleitos. Veja se não está gerado um atrito? 

Antes de mais nada é necessário se fazer duas proteções: aos direitos fundamentais, e às regras do jogo democrático e participação política de todos. 

Democracia vai além do “governo da maioria”, mas sim, na observância da igualdade, liberdade e justiça. E o guardião das promessas da Constituição é feito por um órgão máximo, e nós o denominamos Supremo Tribunal Federal. 

Veja que, quando não se trata de controvérsias referentes os direitos fundamentais, a suprema corte fica adstrita ao disposto na lei (nas palavras do Barroso). 

Existe crise na representação política? 

O autor faz menção à vários anos que isso ocorre, veja-se pelo exemplo que trouxe: “nos países de voto não obrigatório = abstenção e desinteresse no assunto; em países de voto obrigatório (brasil) = ninguém se recorda em quem votou
Ora, como pode ocorrer tamanho extremismo? 

Veja como o Brasil vê os políticos com desprezo, falta de confiança e indiferença... 

E desta forma, a falta de representatividade faz com que as leis sejam postuladas na justiça para sua eficácia, abrangência, valor atual. 

Diz Barroso que o esquema de separação de poderes iniciado no século XIX até XX, não é mais valido para o constitucionalismo contemporâneo. 

Patrícia Perrone diz em sua tese de doutorado: Como os tribunais superiores representam melhor a maioria que o próprio parlamento? 
A doutrina Americana trouxe a baila 05 argumentos: 1) indicação política dos juízes que são mais sensíveis aos sentimentos da maioria. 2) a sujeição dos juízes aos valores da comunidade e movimentos sociais. 3) interação da Suprema Corte com a opinião pública. 4) preocupação com a credibilidade e estabilidade institucional. 5) o desejo de reconhecimento ou preocupação com a imagem de seus integrantes em face da opinião pública. 

Robert Alexy se refere a Suprema Corte como “representante argumentativa da sociedade”. 

Também cabe as Supremas Cortes empurrarem a história da sociedade quando elas emperram, fazendo assim, o chamado caráter Iluminista. 

Pode ocorrer uma reação da sociedade quando os avanços são feitos. 

Barroso menciona antes de encerrar o capítulo: as decisões políticas devem ser tomadas por aqueles que tem voto. Logo, estamos nos referindo aos membros do Poder Executivo e Legislativo, estes que possuem preferência geral para tratar das matérias de interesse do Estado e da sociedade. A jurisdição deve atuar quando for manifesta a contrariedade à Constituição, ou seja, afronta ao direito fundamental ou comprometimento dos pressupostos do Estado democrático. É na lacuna que o STF tem o protagonismo. “no fundo (bem no fundo), é o Congresso que detêm a palavra final acerca da Judicialização da Vida”. 

E antes de encerrar definitivamente: não existe supremacia judicial! O STF tem prerrogativa de ser o intérprete final do direito, nos casos que lhe são submetidos, mas não é dono da Constituição. O STF tem limites claros. Ninguém é bom demais, nem bom sozinho, logo é fato a necessidade de ajuda conjunta para resolver as intempéries da sociedade em constante mutação. 


Conclusão: O caminho do meio. 

Com o fim da segunda guerra, juízes e tribunais passam a integrar a paisagem política, ao lado do Legislativo e do Executivo. Com a complexidade da vida moderna, potencializada pela diversidade e pluralismo, levou a uma crise da lei e o aumento da indeterminação do direito, cabendo aos tribunais e juízes valora-los diante das situações concretas da vida. 

Cabe ao juiz, não impor a sua própria convicção, mas pautando-se no material + princípios constitucionais e ainda pelos valores civilizatórios (interpretando o sentimento social + espírito do seu tempo + sentido da história). E nesta mistura, acrescentar uma dose de prudência e ousadia. Pronto, percorre o caminho do meio e sem ser arrogante!

É isto, finalizamos na página 177. 

FIM DO CAPÍTULO II


Com o fito de agregar conhecimento à presente obra...

Trago citação de uma mestranda em Direito Econômico Larissa Barreto Maciel: link

Na interpretação que fazem dos estudos de Habermas, Virgílio Afonso da Silva e Conrado Hübner Mendes¹ dizem:

A jurisprudência constitucional exigida por Habermas é aquela que impõe uma forma deliberativa de formação da vontade política. Assume, nos termos de Habermas, um papel de tutor do processo político, assegurando canais processuais adequados à decisão política racional, não de “regente”, que avoca para si uma responsabilidade paternalista de promover as condições éticas de convivência da comunidade. É isso que deve orientar a interpretação constitucional, enriquecendo, segundo Habermas, a ideia ainda superficial de Ely (segundo a qual a corte deve garantir a autodeterminação do povo, o que, corretamente, na teoria de Ely, resume-se basicamente à liberdade de expressão e ao direito de voto livre).

Além do mais, os tribunais, em especial o Supremo Tribunal Federal, não decidem questões aleatoriamente, interferindo na atuação ou na esfera de competência dos demais poderes de modo discricionário ou voluntário. Eles são instados a se manifestar sobre determinados assuntos e, então, decidem a questão. Portanto, não saem da inércia sem prévio impulso; mas, quando saem, são obrigados a decidir, não possuindo a prerrogativa de escolher se querem ou não julgar determinada questão.

Quanto a esse aspecto, válido destacar estudo de Vianna²:

Daí que, por provocação da sociedade civil, principalmente do mundo da opinião organizada nos partidos e no mundo dos interesses, nos sindicatos, o Poder Judiciário vem se consolidando como ator político e um importante parceiro no processo decisório, confirmando as teses de Tate e Vallinder sobre a judicialização da política como um recurso das minorias contra as maiorias parlamentares, a que ainda se agregam, no caso brasileiro, suas atribuições de examinar, por iniciativa do sindicalismo, matérias de política econômica e de justiça redistributiva.

E, ainda, em colocação feita por Kazuo Watanabe³:

O Estado Liberal tinha por objetivo neutralizar o Poder Judiciário frente aos demais poderes. Porém, no “Estado Democrático de Direito, o Judiciário, como forma de expressão estatal, deve estar alinhado com os escopos do próprio Estado, não se podendo mais falar em neutralização de sua atividade. Ao contrário, o Poder Judiciário encontra-se constitucionalmente vinculado à política estatal”, pondera Ada Pellegrini Grinover. [...] [...] cabe ao Poder Judiciário analisar, em qualquer situação e desde que provocado, o que convencionou chamar de “atos de governo” ou “questões políticas” sob o prisma do atendimento estatal.


¹ SILVA, Virgílio Afonso da. MENDES, Conrado Hübner. Habermas e a jurisdição constitucional. In: NOBRE, Marcos; TERRA, Ricardo (Org.). Direito e democracia. Um guia de leitura de Habermas. São Paulo: Malheiros, 2008. p. 209.

² VIANNA, Luiz Werneck et al. A judicialização da política e das relações sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 1999. p. 51.


³ WATANABE, Kazuo. Controle jurisdicional das políticas públicas. mínimo existencial e demais direitos fundamentais imediatamente judicializáveis. Revista de Processo, v. 193, a. 36, p. 13-25, mar. 2011.




Espero ter contribuído na leitura desta obra de natureza ímpar. 



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(Anderson Kaspechacki)

terça-feira, 23 de abril de 2019

Fichamento #1: Inteligência em Concursos

FICHAMENTO DA OBRA:

PIAZZI, Pierluigi. Inteligência em Concursos - Manual de Instruções do Cérebro para Concurseiros e Estudantes, Goyo, 2015

Destaque importante: urge salientar que o objetivo desta publicação busca reunir a opinião do autor e debruçar sobre sua obra. O intuito é sintetizá-la.

Preliminarmente, torne-se autodidata (transforme o aluno em estudante). Isso mesmo, o autor bate na tecla de que nós fomos e somos vítimas de sistemas de ensino que deixam muito a desejar. É meio que aquela famosa frase: "quem faz a escola é o aluno" seja verdadeira, em certa medida, haja vista a necessidade de se tornar estudante!!

Quem tem mais chance é aquele que se torna mais inteligente, ora, quase que óbvio, mas leia novamente o início deste parágrafo... Jogue fora velhos conceitos, dê uma sacudida na vida, busque um novo equilíbrio e quando isso ocorrer haverá um choque entrópico, ou seja, quando as coisas começarem a pender para lá e para cá, se esforce para que obtenha o equilíbrio novamente, porém agora em patamares mais elevados que o anterior.

Este equilíbrio estará em jogo se você estiver sendo submetido à provas, exames ou concursos. Lembra da frase: "entre trancos e barrancos"? Pois bem... Passe este problema e resolva-o, ou quando ele retornar, você passará novamente pelos nervosismos. Acabo de recordar de outra frase: "isso só acontece comigo", está vendo? Você não achou a solução ainda, e continuará assim, perdendo sempre...

O aluno assiste a aula, e obtêm dela a compreensão.
O estudante estuda solitário e ativamente, gerando dela aprendizado

A diferença entre ambos é que, tornar-se um estudante exige um desenvolvimento de autodidatismo. Portanto, realize atividades que você deva aprendê-las: como tocar violão, dando o melhor de si nas aulas de violão, para que toda aquela energia depositada no instrumento, após longas horas de estudo, você consiga recarregar-se usufruindo daquilo que fez com tanto carinho.

Ocorre que, além de desenvolver o autodidatismo, você também terá sua fonte de energia, para saciar-se oportunamente.

Observação: ninguém estuda se não estiver escrevendo, por exemplo, este texto não esta sendo escrito (ele está sendo digitado), e portanto, seria péssimo classificá-lo como "aprendizado", uma vez que, assim como o livro nos trás, partes do cérebro não são ativas quando digitamos letras no teclado... Use o lápis! Não digite!
Ler não é estudar! Estudar é escrever!

Pronto! Tudo ficou sintetizado em poucas linhas no final, saiba que o presente fichamento foi retirado de anotações em caneta, note que o próprio raciocínio fala por si.

Bem no início deste fichamento foi dito "(...) aquele que se torna mais inteligente (...)", pois bem, só fica inteligente aquele que lê muito por divertimento! Isso mesmo (não é ler muito) é ler por divertimento!! Ler é fonte de prazer. Comece por qualquer texto que agrade, mude também o gênero assim que finalizá-lo.

Outra grande observação: leia o texto impresso! Aquele digital não dará a mesma atenção... Falo besteira? Foi o próprio neurocientista quem disse... Embora não tenha sido feliz esta colocação neste mundo digital, no final deste fichamento terá mais algumas informações para acrescentar, porém, no texto o prof. Pier trás conceitos químicos que acontecem com as partículas. Não irei me intrometer neste assunto, à nós só cabe a análise sintática.

Detalhe muito engraçado, nós não gravamos números ou textos em si, por exemplo, quanto é 6x6? 36! Sim, mas acha mesmo que o número 36 esta gravado em nossa cabeça? Não, o que está diz o autor, são os estímulos, ele armazenou o "caminho", logo, é comum as pessoas repetirem "quanto é 6x6?...36!", pois elas estariam estimulando e percorrendo o caminho para chegar à resposta.
Portanto, aprenda a criar novos caminhos neurais! Faça vínculos com outros assuntos, não é à toa que uma música que cante a matéria fixa bem melhor que uma leitura seca. São os dois hemisférios do cérebro trabalhando simultaneamente... falaremos sobre isso mais tarde!

Ufa, chegamos por volta das fls. 34! Estamos indo bem, vamos complicar o fichamento com técnicas específicas. 

Questiono: você estuda para a prova de qual maneira: no dia anterior antes de ir dormir ou levanta mais cedo?
Sabendo da sua resposta, veja se você estuda correto por si mesmo, irei discorrer sobre a obra do autor com suas opiniões abaixo.

Como não conseguimos trocar o pneu do carro em movimento, o mesmo ocorre com o cérebro, ele exige um tempo para consolidar a informação para passar ela da memória temporária para permanente.
Como isso ocorre? Diz o prof. Piazzi:
A reconfiguração só acontece no sono. As redes neurais criadas são muito pequenas em relação à tudo que foi aprendido.
Logo, o ciclo de aprendizagem vai de sono à sono!

Nunca estude para passar no concurso, estude para aprender para sempre!
Não adianta estudar 14 horas por dia por 6 meses que equivalem à 2.520 horas. Isso é pura agressão cerebral!! Violência pura!!

Converta as mesmas 2.520 horas de estudo em 2 ou 3 horas diárias durante 3 anos que terá melhor proveito! Esta é a pequena ENORME vantagem de estudar pouco, mas todo o dia!

2 ou 3 horas de estudo cumuladas com 8 horas de sono trazem 3 consequências: obter informação + estudar para aprender + dormir para fixar.

Peloamordedeus, não use marca texto ou sublinhe... ESCREVA o ponto importante. Delimite o assunto, reuna os materiais, imprima-os. Escreva nas laterais.

Deixe de ser estudante e torne-se professor. Deixe de ser leitor e vire autor. Deixe de aprender e comece a ensinar. 3 dicas valiosas.

Utilize pseudocolas, ou seja, desenhos, pois "acendem" mais ligações no cérebro (lembre que mencionei acima!). Quanto mais idiota ou surrealista melhor!

Não sabe o que é importante no assunto? Faça de conta que irá preparar uma cola... O que não pode faltar e que seja sucinto?

As redes neurais criam ramificações, mas se esgotam rapidamente (em torno de 30 minutos de uso constante), portanto, deve haver pausa de 10 minutos para novas ramificações surgirem.

Entender (assistir aula) só aproxima o assunto da memória fixa, para montar o quebra cabeças, deve-se aprender (estudar) cumulado com o sono para fixar para sempre.

Portanto: 
1) obtenha a informação e entenda onde se encaixa no seu cérebro.
2) estude solitariamente para encaixar a peça (30 min x 10 min)
3) boa noite de sono (8 hrs) para fixar a peça
4) repita diariamente.

Se não rever o estudado, outra informação tomará o lugar daquela outra informação. Para que isso não ocorra deve se fazer a revisão, voltando aos 100% de conteúdo obtido com muito suor.
Faça programações de rápidas e frequentes revisões das matérias estudadas.

Chegamos nas fls. 90! Foi muito conteúdo visto até aqui! Não deixe de ver com mais calma...

Exame não é igual Concurso. 

Exame quer que o bem preparado tire nota 10.
Concurso exige a separação do bem do excelentemente preparado. 
Isso mesmo, haverá uma comparação entre eles. O concurso quer saber quem é o melhor ou pior do outro concorrente.

Há obrigação de passar? No exame sim, mas no concurso não, por ser fator externo a competição entre outros.

Fator tempo. Gerencie-o. É um erro achar que tirará nota 10, certamente ficará nervoso.

"Deu branco". Saiba que você deve resolver o maior número de questões, o máximo possível (e não tudo!). Um concurso bem elaborado não terá tempo suficiente para resolver sua integralidade. Tenha agilidade mental, raciocínio e criatividade.

Nosso cérebro tem o gênio e o burro. Geralmente o burro grita e o gênio sussurra. Logo, ao se deparar no "não sei fazer", tente escutar o gênio... Não faltaram oportunidades do burro ainda desconsiderar a alternativa correta e você se encontrar na encruzilhada de tentar achar a menos errada das 2 alternativas erradas restantes.

Agora vem uma boa dica!

Como fazer uma prova:
1) Objetiva: 
Primeiro reconheça o terreno, utilize 5 minutos para planejar o ataque! Deixe o gênio ir resolvendo as questões enquanto vai lendo as seguintes. 
Segundo pegue as varetas, ou seja, se não sei = pulo, se sei mas demora resolver = deixo para depois, se sei e faço de imediato = faço na hora! (logo procure as questões fáceis).
Terceiro realize marcações das questões "seifazermasdemora" com rostinhos. Descubra as alternativas erradas e elimine as absurdas. ANTES DE CHUTAR pule a questão e siga adiante... VOLTE DEPOIS.
Quarto é o chute inteligente, que é estou entre 2 alternativas, para chutar concentre-se na questão e chute OLHANDO (e não marcando direto no gabarito), esvazie seu cérebro e marque. Escute o gênio e NÃO TROQUE A ALTERNATIVA MARCADA.

2) Discursiva:
Nunca deixe em branco. Há como chutar, tente ver o nome/ relação/ tempo/ lugar... A sorte favorece os audazes!

Mais da metade do livro feito! Que beleza! Estamos indo bem!!

Atenção: Não existe "curso de leitura dinâmica" capaz de resolver a babaquice de quem o procura. A leitura rápida se obtêm na leitura de muito material. Nosso cérebro se basta com a pirmiera ltrea e útmlia ltera no lgaur crteo. (viu?)

Atenção 2: sempre pense "... se eu fosse o autor ..." O que teria feito propositalmente? O que eu queria questionar? O que ele quer como resposta?

O domínio da língua escrita se da com MUITA leitura. 
Para evitar desvios no entendimento de linguagem falada, ouse imaginar!
Use a imaginação e aprenda a desenhar com a cabeça! Poupe tempo!

Resolva os problemas por imagens e não por equações.

Desenvolva o mecanismo ideogramático, torne-se um ávido leitor.
Não seja bitolado, use o cérebro!
Faça ginástica mental um pouco todo dia. Agilidade na leitura, imagine!

No concurso, é proposital o tempo escasso. O excelente resolve 70% da prova e o bom 65%. 

Para treinar agilidade mental, abstenha de formas de diversão que entopem o cérebro (por exemplo, imagens prontas = TV). Esconda esta preguiça mental!!

Há possibilidade de ler e ouvir música, mas ela não pode ser em idioma conhecido pois interfere no input (ler e tentar decodificar).

Fato 1 - quanto mais núcleos utiliza-se durante o estudo, maior a chance de gravar no sono
Fato 2 - escrever a mão ativa mais núcleos que digitar. Ler no papel ativa mais núcleo que ler na tela.

Termina o autor: TV deve ser eliminada! Tenha maiores envolvimentos com leitura de livros. Deixe de ser semi analfabeto e leia nas horas vagas livros.

Espero que este fichamento traga luz nos seus dias. Até breve!

SEGUEM 8 ENSINAMENTOS DE PIERLUIGI PIAZZI:

1° Ensinamento: Não desista de aprender diante das dificuldades.

A melhor maneira para se manter firme diante das dificuldade de aprender é ter objetivos e motivos bem definidos.

2° Ensinamento: Você aprende aos poucos.

O conhecimento e a inteligência são construídos aos poucos, todos os dias.

3° Ensinamento: Estude menos e aprenda mais.

Estude durante 30 minutos (ou mais) e faça 10 minutos de intervalo (no máximo 20 minutos).

4° Ensinamento: Na aula você não aprende, você entende.

Pegue o material da aula e revise, escreva, releia.

5° Ensinamento: Aprenda a estudar sozinho.

Para desenvolver o autodidatismo inteligente: exerça um hobbie.

6° Ensinamento: Desenvolva o aprendizado ativo.

Ao estudar: tente incluir os outros sentidos como tato (escrita), audição (leitura). Sempre com lápis nas mãos.

7° Ensinamento: Desenvolva o gosto pela leitura.

Faça o seguinte, pegue seu livro e tenha uma meta diária que pode ser 10 minutos de leitura ou 10 páginas por dia.

8° Ensinamento: Aula dada é aula estudada! (no mesmo dia)



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(Anderson Kaspechacki)

sábado, 20 de abril de 2019

Opinião #3: "Tenha brio" por Prof. Clóvis de Barros Filho

Ainda que seja um singelo fragmento, creio ser razoável os minutos despendidos neste vídeo, ele é curto e objetivo. Tenha brio!

Não somos aptos para julgar este prof., desta forma, vamos nos ater especificamente às falas. Não podemos deixar de observá-las. E ainda que desconsidere, faça uma reflexão...

É isso que o prof. Clóvis de Barros nos faz, ele requer a reflexão de que todo esforço é válido, não devemos nos contentar com o "básico" ou "isso é elementar, como você não sabe?". Não se conforme com o básico! Persista até entender!!!!





"O resto é só preguiça e covardia!" 


Não deixe esta frase ser verdadeira, enfrente-a, eis aqui o conteúdo citado pelo prof.: Kant - Metafísica.pdf


Fonte


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(Anderson Kaspechacki)

sábado, 13 de abril de 2019

Leitura #4: Tao Te Ching

O Tao Te Ching (do Curso e sua Virtude) é um texto profundo e ao mesmo tempo simples porque apresenta por meio da linguagem aquilo que se experimenta na sua ausência. A profundidade é o próprio caminho do mistério, a experiência do sagrado que corresponde à vivência espiritual.

A simplicidade, um dos três tesouros dos ensinamentos de Lao Tse, conduz à naturalidade que orienta o indivíduo no macrocosmo. Os três tesouros segundo a tradição taoísta são: humildade, simplicidade e afetividade. A seguir um trecho:

CAPÍTULO XXII

curvando           então fica inteiro

retorcendo           então fica direito
esvaziando           então fica pleno
desgastando           então fica novo
sendo pouco           então é obtido
sendo demais           então é perturbador

assim

o homem santo abraçando o uno
torna-se modelo sob o céu

não se exibindo           então brilha
não se afirmando           então figura
não se vangloriando           então tem mérito
não se enaltecendo           então perdura

só por não disputar
sob o céu ninguém pode com ele disputar

o adágio antigo: "curvando então fica inteiro"
como pode ser palavra vazia?


em verdade integra nele reintegrando

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Portanto, a leitura do Tao Te Ching implica um desafio: esvaziar-se e ser natural como a água que flui no vale. O desvendamento do texto deve fluir gradualmente, levando à contemplação de suas palavras.

Se estas não parecem suficientemente claras, isso se deve ao fato de a sociedade contemporânea, na qual prolifera o pensamento, dificultar a ampliação da consciência. Nesse contexto, a contemplação já é por si um ato transgressor.

Esta obra foi traduzida por Mário Bruno Sproviero, do departamento de línguas orientais da USP, e apresentada como parte de sua tese de livre-docência "Laozi e a Reversão do Reino do Homem".

Fonte neste Link

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(Anderson Kaspechacki)

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Opinião #2: Agradecimento ao Prof. Dr. Flávio Monteiro de Barros

Professor, este agradecimento é fruto daquilo que foi semeado no passado. Pense em toda a sua trajetória, e colocando-se aqui neste momento, veja o caminho trilhado.

Devemos olhar para trás e ter ciência de tudo que fizemos um dia, mas jamais querer retornar com intuito de mudá-lo. Troque os personagens e a história é outra! Somos o que fomos...

Tudo que temos hoje, o que somos hoje, é fruto do ontem, e consequentemente o amanhã terá nossas atitudes de hoje, em maior ou menor medida, como frutos à serem colhidos. Nada vem ao acaso.

Não me canso em dizer que o senhor é uma fonte inesgotável de virtudes, posso facilmente me dirigir à qualquer delas para saciar a vontade interior, me motivar e replicar suas condutas; apesar de não fazer com a mesma destreza... permanecer incólume diante das adversidades e não deixar o ponto de chegada escapar um segundo do pensamento... quem diria que seria fácil? onde estavam estes asteriscos nas aulas?

Sou grato por ter percorrido este trajeto até aqui, e para mim, as mensagens de agradecimento devem chegar em vida, não há respaldo em vangloriar-me de ter sido discípulo, pois quando me der conta, estarei no mesmo patamar daquele que, um dia, me ensinou. Ainda que seja um aluno em desenvolvimento, em alguns assuntos serei chamado de professor, tendo o dever de continuar o legado.

Tê-lo como ponto de referência me ensinou a ser o alvo, sempre estar lá; diferente do projétil disparado em sua direção que poderá sofrer todos os intempéries da viagem. Ser o alvo indica lucidez, ter conhecimento pessoal, saber seu lugar no mundo e ter como ponto central o que deverá ser atingido, hoje.

Acrescento que, diante destes motores aquecidos pela leviandade, angústia, soberba e ira, percorro a estrada firme, sagaz e acertado; assim como a lua desaparece para o sol surgir, manejando as coisas tudo no seu devido tempo, certo de que do outro lado haverá o propósito, crente das superações que ocorrerão, aproveitando a viagem como um todo, afinal, com o primeiro passo dado, se eu nunca parar de andar, eu chegarei; rico de tudo aquilo que desfrutei no caminho.

Pode ter-lhe ocorrido que, manter-se neste caminho possa parecer duvidoso, hostil ou não gratificante, porém, isto não lhe tocará, pois sutil emoção tua alma não elevará diante de ti, ainda mais se o trilhares em boa companhia, ter consigo seus valores intactos, ciente que podemos partilhar das alegrias e tristezas, para que dividindo possamos somar.

Embora tenha trilhado um pequeno caminho, jamais me esquecerei dos pequenos ensinamentos. Não precisamos de mil palavras para mudar a vida, só basta uma palavra bem colocada em nossos corações, e tudo poderá se transformar. Faço então, este pequeno poema:

professor

aquele que aponta os defeitos,
ajuda sem esperar nada do sujeito,
construindo pilares,
perdendo sutis momentos familiares,
quando se prepara para a aula,
sabe que a atenção é primordial,
gestos e gritos, mas almejando o exponencial.

sua vontade excede os limites,
produz matéria-prima,
preparando o terreno,
arando a terra,
semeando seu conhecimento,
dando a volta por cima.

e dos frutos nada quer,
com pequenas reflexões,
termina-se a aula:
"a colheita foi boa - diz ele -
onde estão os seus culhões?"

é um mestre sem coroa ou insígnia,
sorrateiro atrás dos holofotes e da fama:
"mas que legal este panorama!"

mantem-se presente nas conquistas,
partilhando das emoções...
fortes emoções...
diariamente lapidando diamantes brutos,
esperando seus frutos,
e quando este dia chegar,
sua missão se perpetuará,
agora com novos diamantes,
e novas terras para arar.

Termino então, meu singelo agradecimento. Ainda que já o tenha dito anteriormente, quero gravar este com purpurinas.

http://www.flaviomonteirodebarros.com.br

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(Anderson Kaspechacki)

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Opinião #1: Dr. Flávio Monteiro de Barros

Este é, indubitavelmente, uma fonte inesgotável de inspiração.
Pessoa de bem, conhecedora das leis e humilde.

Este homem ainda receberá uma dedicação neste blog.
Segue uma de suas obras postada na internet:



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(Anderson Kaspechacki)

domingo, 7 de abril de 2019

Leitura #3: Odisseia de Homero

ÍTACA:


Se partires um dia rumo à Ítaca
Faz votos de que o caminho seja longo
repleto de aventuras, repleto de saber.
Nem lestrigões, nem ciclopes,
nem o colérico Posidon te intimidem!
Eles no teu caminho jamais encontrarás
Se altivo for teu pensamento
Se sutil emoção o teu corpo e o teu espírito tocar
Nem lestrigões, nem ciclopes
Nem o bravio Posidon hás de ver
Se tu mesmo não os levares dentro da alma
Se tua alma não os puser dentro de ti.

Faz votos de que o caminho seja longo.
Numerosas serão as manhãs de verão
Nas quais com que prazer, com que alegria
Tu hás de entrar pela primeira vez um porto
Para correr as lojas dos fenícios
e belas mercancias adquirir.
Madrepérolas, corais, âmbares, ébanos
E perfumes sensuais de toda espécie
Quanto houver de aromas deleitosos.
A muitas cidades do Egito peregrinas
Para aprender, para aprender dos doutos.

Tem todo o tempo ítaca na mente.
Estás predestinado a ali chegar.
Mas, não apresses a viagem nunca.
Melhor muitos anos levares de jornada
E fundeares na ilha velho enfim.
Rico de quanto ganhaste no caminho
Sem esperar riquezas que Ítaca te desse.

Uma bela viagem deu-te Ítaca.
Sem ela não te ponhas a caminho.
Mais do que isso não lhe cumpre dar-te.

Ítaca não te iludiu
Se a achas pobre.
Tu te tornaste sábio, um homem de experiência.
E, agora, sabes o que significam Ítacas.

Konstantinos Kaváfis (1863-1933) 

Kaváfis nos provoca uma instigante reflexão: Ítaca é a meta de chegada, mas… por que apressar-nos em chegar? Seu poema “Ítaca” sugere que, ansiosos pelo destino, muitas vezes deixamos de aproveitar o trajeto. E é no trajeto que vivemos. A meta de chegada deve estar sempre nítida e motivadora, mas é no trajeto, no aqui, no hoje que a vida nos abraça.



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(Anderson Kaspechacki)

sábado, 6 de abril de 2019

Leitura #1: Mudando o seu Destino

DO VALE DOS CAÇADORES DE SONHO.
Segue pequeno trecho da obra escrita por Mary Orser e Richard Zarro.

Você está de pé na entrada do Vale dos Caçadores de Sonhos, com seus amigos e outros membros do grupo de caçadores. Alguns dos homens e das mulheres montados em cavalos, outros verificam os arcos e flechas, enquanto você está na entrada do Vale, tentando enxergar através da bruma e do denso nevoeiro.

O solo está coberto com uma fina camada de neve caída durante a noite, e você pode ver a exalação branca que sai da narina dos cavalos e da boca dos amigos. Você faz uma oração, pedindo ao seu guia pessoal para protegê-lo e abençoar sua aventura, ajudando-o a encontrar novos solos de caça do outro lado desse vale estreito coberto de brumas. Tanta confiança foi depositada em você pelo seu povo, tanto amor foi-lhe dado!

Sua égua puro-sangue de cor branca, Knowhoa, cujo nome significa "Velocidade do Espírito Superior", o cutuca e bate o casco no chão.

Ela está ansiosa por seguir adiante, levando-o ao seu destino. Você a acalma, alisando sua cabeça, enquanto se pergunta se as lendas sobre o Vale dos Caçadores de Sonhos são verdadeiras. Alguns dos que entraram no vale jamais retornaram.

A lenda reza que quando um ser humano entra na bruma ele tem dez mil sonhos e pode ficar perdido para sempre, vagando pelo nevoeiro, deixando de lado o sentido de seu objetivo: levar adiante sua busca e chegar ao outro lado do vale, onde a grande montanha promete alimento e um novo lar para todos.

Enquanto tira as flechas do carcás, você verifica a dureza de cada uma delas. Em seguida, observa seu arco mágico, que lhe foi dado pelo famoso mestre Metanoia, que o escolheu dentre centenas de homens e mulheres que haviam ido buscar sua sabedoria e capacidade.

Você era apenas um adolescente quando seu pai o incentivou a tentar, mesmo que a maioria dos outros aspirantes fossem mais velhos. Após o teste básico de arco e flecha, muitos foram eliminados. O velho mestre Metanoia pediu aos que restaram que ficassem de pé sobre uma das pernas, até que só restaram você e mais quatro finalistas. Todos os outros, por causa do cansaço, abaixaram o outro pé.

Você ficou tão contente, que mal podia se controlar. E seus pais ficaram muito orgulhosos de você. Todos os outros concorrentes eram muito mais velhos, e mesmo que você não conseguisse chegar até o final da competição já era um vencedor. Metanoia, velho e manco devido a uma lesão no quadril, sentou-se sobre um velho tronco de árvore e pediu que os participantes se aproximassem para responder a perguntas, para que ele decidisse quem seria seu novo discípulo.

À primeira mulher ele perguntou: ''O que você vê?".

Ela respondeu: "Vejo o vale diante de nós, a montanha, o céu, as árvores e alguns pássaros nas árvores".

O mestre Metanoia disse: ''Não é o suficiente".

Pedindo ao próximo aluno que se aproximasse, ele perguntou: "que você vê?".

"Vejo o vale diante de nós, a montanha, o céu, uma árvore com um pássaro e você, no canto do meu olho", respondeu ele.

"Não é suficiente", disse o mestre. "Quem é o próximo?"

O terceiro participante, uma mulher forte, caminhou confiantemente em sua direção.

"Então, o que você vê?"

Após um momento de silêncio, ela respondeu: "Venerável mestre, não posso vê-lo, mas ouço sua voz. Vejo apenas a árvore no campo e um pássaro no galho".

"Pode ir. Você também falhou", disse Metanoia, desapontado.

O quarto aluno em perspectiva recebeu a mesma pergunta.

Ele respondeu: ''Vejo apenas o galho da árvore e o pássaro".

"Você também está eliminado. O próximo."

Então, lentamente, você foi em direção ao mestre meio animal, meio humano, com o rosto cheio de rugas. A multidão riu, mas você nada percebeu, a não ser os olhos hipnotizadores e profundos do velho Mestre, quando ele finalmente fez a pergunta.

Você olhou ao redor e disse: "Vejo apenas o pássaro, venerável mestre".

"Ah", disse Metanoia, "olhe com mais cuidado!"

Você sentiu uma sensação inesperada percorrer seu corpo e tudo mudou. Você olhou ao redor e tudo estava igual, porém diferente. Tudo estava mais claro, mas distinto. As cores eram mais vibrantes. Seu corpo estava diferente. Pouco depois, você respondeu: "A marca vermelha no centro da cabeça do pássaro é tudo o que vejo!".

"Meu jovem, você será meu aluno. Ensinarei a você como ser o alvo e não o arco. Assim, você nunca errará, pois já estará lá."

Isso foi há muito tempo. Agora você é tão famoso quanto o fora o Mestre Metanoia, e alunos o procuram para segui-lo. Mas hoje ninguém o acompanhará ao Vale dos Caçadores de Sonhos. Pode ser perigoso, e você não quer arriscar a vida de ninguém, a não ser a sua própria.

Você está pronto, sobe no cavalo, volta-se e se despede, e entra a galope pelo forte nevoeiro, desaparecendo como se tivesse sido engolido por uma nuvem branca. Você e seu cavalo são um só, um movimento muscular único, uma só respiração.


Pouco tempo depois, o denso nevoeiro assume várias formas azuladas, e você ouve uma voz, vinda de nenhum lugar e de todos os lugares. Às vezes, parece-se até com a voz do seu antigo mestre. Quem sabe seria o seu espirito? Uma música sobrenatural começa a tocar e a voz diz...


Nasci sob o signo de Capricórnio.
Aceito plenamente seu poder, potencial e dons.
Sou o Sábio do Universo.
Sou o Vidente do Zodíaco.
Vejo agora o futuro.
Lembro-me do futuro.
Aceito os poderes curativos e mágicos
que tenho e usarei
em meu benefício e no dos outros
no que achar apropriado.
Adapto meu entusiasmo.
Sou otimista,
confiável.
Sou amigo, honesto e versátil.
Meu senso de humor é sutil.
Faço amigos aonde quer que vá,
com facilidade,
em casa ou quando estou viajando,
porque sou honesto e independente,
incentivador e confiante,
idealista e imparcial,
justo e leal.
Sou afetuoso, otimista e solidário.
Almejo as estrelas.
Projeto a alma em direção à pátria.
Aumento a percepção e a força vital.
Concentro minha atenção nos céus superiores.
Sou o Aventureiro.
Aprecio o desconhecido.
Amo o inexplorado.
Aspiro ao espírito da verdade e
viajo em direção a objetivos definidos e distantes.
Sou aquele que libera a Flecha da Iluminação.
Aumento e expando os horizontes do universo.
Procuro sempre o teste dos limites e desafios.
Sou devotado à verdade.
Abro novas dimensões.
Seduzo a verdade, o novo conhecimento.
Avalio a moralidade à luz da superconsciência.
Sou o holofote do espírito.
Penso grande.
Vôo alto para encontrar a perspectiva perfeita.
Preciso da imagem completa
para a frente e para cima
sempre, a espiral eterna,
e lanço minha flecha firmemente na direção do alvo.
Vejo o objetivo,
ouço o futuro agora,
compartilho o futuro,
acredito no futuro.
A vida se abre para mim sempre em novas dimensões
e novos campos e novas esferas.
Dirijo minhas energias para o alvo central
porque sou o Arqueiro.
Meu arco me impulsiona, a seta me faz ir adiante,
vôo centralizado e verdadeiro, concentrado em uma direção.
Dentro de mim, as idéias do universo nascem.
Ilumino o intelecto com a luz do espírito.
Deixo as trevas.
O futuro não me amedronta,
apenas o maravilhoso e o misterioso
levam-me adiante.
É o meu destino que me chama.
Agora! Agora!
Agora escolho
planejar meu futuro
numa dança equilibrada
entre o conforto e o desafio.



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(Anderson Kaspechacki)